Polícia desvenda suposto sequestro relâmpago de vigia da Prefeitura de Catanduvas
Polícia desvenda suposto sequestro relâmpago de vigia da Prefeitura de Catanduvas
O Setor de Investigação Criminal da Delegacia de Polícia de Catanduvas desvendou o caso de um suposto sequestro relâmpago que teria acontecido com um vigia da Prefeitura daquele município no dia 22 de abril. De acordo com a polícia, na época, João Valmor Moreira Leite acionou a Polícia Militar informando que teria sido abordado em seu local de trabalho, por volta das 23h, por três homens armados e encapuzados.
O vigia disse que teria sido sequestrado logo em seguida, que foi colocado no banco de traseiro de seu veículo, um Fiat/Uno, e que os bandidos teriam circulado com o carro durante toda a madrugada, o libertando por volta de 4h em Catanduvas. O homem ainda forneceu detalhes sobre a ação dos autores, bem como características sobre o armamento utilizado na ação criminosa, dizendo tratar-se de uma pistola preta e uma “arma longa”.
Após tomar ciência dos fatos, a Polícia Civil, através do SIC de Catanduvas conferiu prioridade máxima ao caso, especialmente no sentido de apurar a autoria, pois, um crime com tamanha gravidade na cidade poderia provocar clima de insegurança generalizado, caso não fosse resolvido. Acontece que, no decorrer dos trabalhos investigativos, os policiais começaram a desconfiar da veracidade da versão apresentada pela suposta vítima, ocasião em que decidiram mudar a linha da investigação.
Nesse sentido, os policiais descobriram que João Valmor Moreira Leite inventou a história para encobrir uma “escapada” durante seu turno de trabalho na Prefeitura na madrugada do dia 23 de abril. Conforme o Relatório de Investigação elaborado pelos policiais, João teria se deslocado em seu veículo na companhia de uma adolescente até a cidade de Videira, sendo que, durante o trajeto, problemas mecânicos no automóvel o obrigaram a interromper a viagem ainda em Tangará, local em que o veículo foi encontrado.
Diante do contratempo e, possivelmente, querendo justificar a “saidinha” na madrugada, o homem decidiu comunicar falsamente um crime à Polícia Militar de Catanduvas, mobilizando grande efetivo na tentativa de localizar os supostos ladrões, conduta esta tipificada como crime no art. 340 do Código Penal, com pena prevista de seis meses detenção e multa.
Conforme a polícia, a atitude de João não se trata de um caso isolado na região. Em muitos casos cidadãos acionam a força pública no sentido de se furtar a aplicação da lei ou para justificar erros de âmbito privado, mas a Polícia Civil está atenta a tais práticas.
Com informações Polícia Civil/ Delegado Bruno Boaventura
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