Professor da Unoesc realiza estágio de doutorado nos EUA
Professor da Unoesc realiza estágio de doutorado nos EUA

Entre setembro de 2011 e março de 2012, o professor Glauber Wagner, dos cursos de Ciências Biológicas, Enfermagem e Medicina da Unoesc Campus de Joaçaba, realizou parte do seu curso de Doutorado no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), uma das maiores instituições de pesquisa em prevenção de doenças do mundo, localizada em Atlanta, nos Estados Unidos.
O professor – biólogo formado pela UFSC e mestre em Biologia Celular e Molecular pela FIOCRUZ/RJ – desenvolve o seu doutorado em Biociências e Biotecnologia na UFSC e foi convidado em 2010 para realizar um estágio no Biologica Mass Spectrometry Laboratory pelo Dr. Hércules Moura, pesquisador do CDC. Durante os sete meses em que esteve nos EUA, Glauber teve a oportunidade de realizar grande parte de seus experimentos em equipamentos de última geração e conviver com renomados pesquisadores na área de espectrometria de massas de proteínas (técnica que identifica as proteínas ou um composto químico através do tamanho de cada molécula que compõe a proteína ou o composto). – Foi uma experiência fantástica, tanto profissionalmente quando pessoalmente, pois pude aprender técnicas de última geração que logo serão empregadas na rotina para o diagnóstico de várias doenças infecciosas ou metabólicas – diz o professor. Segundo ele, as pesquisas realizadas no laboratório americano possibilitará o encontro de proteínas específicas de um parasito chamado de Trypanosoma rangeli aplicáveis ao seu diagnóstico. Estas análises foram realizadas por espectrometria de massas, que visa a identificação das proteínas pela sua massa molecular, isto é, seu tamanho. – Esta técnica, além de ser aplicada para a identificação de proteínas que são exclusivas a um determinado organismo e não ao homem [fazendo com que estas proteínas possam ser marcadores para o diagnóstico de doenças infecciosas], podem ser utilizada para identificar pequenas mudanças de uma proteína, possibilitando encontrar diferenças entre uma proteína humana normal e uma alterada, o que pode ser útil para o diagnóstico e tratamento de doenças do metabolismo humano ou até mesmo de câncer – destaca o professor. Parceria científica Além do desenvolvimento de sua tese, o professor iniciou uma colaboração entre o Dr. Hércules Moura, do CDC, e o Laboratório de Doenças Infectoparasitárias da Unoesc. – Esta colaboração científica é algo de extrema importância para o nosso laboratório e para a Unoesc, pois estaremos colaborando com pesquisadores de um dos maiores centros de pesquisa do mundo, possibilitando além da análise de amostras, o envio de estudantes e pesquisadores – diz Glauber. Publicações O estágio possibilitou a publicação de três resumos em congressos internacionais e dados para a elaboração de pelo menos três artigos científicos que serão divulgados em revistas especializadas ao longo deste ano. – Gostaria de agradecer aos meus orientadores, Dr. Edmundo Carlos Grisard, da UFSC, e Dr. Hércules Moura, do CDC, pela oportunidade que me propiciaram, além de agradecer à Unoesc pelo suporte durante todo o doutorado, inclusive para o meu estágio no exterior, e à CAPES [Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior] pela bolsa de estudos concedida para este estágio – comenta o professor. Expectativa Após o término do doutorado, no final de 2012, o professor retornará suas atividades de pesquisa em tempo integral na Unoesc, na linha de pesquisa em Biologia Molecular de Agentes Infecciosos. Na Unoesc desde 2006, ele vem se dedicando em estudar os aspectos moleculares de dois parasitos, o Trypanosome cruzi, causador da Doença de Chagas, e o Trypanosoma rangeli similar ao Trypanosoma cruzi, com o foco no DNA destas organismos. No entanto, após o Doutorado, pretende dedicar-se também a novos projetos dentro do Grupo de Pesquisa em Biociências na Saúde, dando continuidade ao seu trabalho de doutorado e focando nas proteínas destes e de outros organismos patogênicos ao homem. Biossegurança O professor Glauber é o presidente da Comissão Interna em Biossegurança (Cibio) da Unoesc. Por isso, além das experiências científicas, aproveitou o estágio realizado nos Estados Unidos para conhecer os procedimentos de biossegurança adotados pelo CDC, já que esta instituição é conhecida internacionalmente como precursora do tema. Para isto, participou de treinamentos e palestras dentro do CDC e de um Simpósio Internacional em Biossegurança promovido pelo Centro. – A Unoesc vem se preocupando ano após ano com aspectos relacionados à biossegurança, tanto dentro de laboratórios e clínicas quanto em atividades de campo. Para isto, estes cursos possibilitaram o conhecimento de metodologias para aprimorar a biossegurança na Unoesc e o papel da Cibio dentro da instituição – afirma.
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