Professores da rede estadual podem aderir à greve a partir de segunda-feira na região
Os professores da rede estadual de ensino decidiram na última terça-feira (17) em realizar greve.

Os professores da rede estadual de ensino decidiram na última terça-feira (17) em realizar greve. A decisão não unânime, aconteceu em assembleia geral, no CentroSul, em Florianópolis. O início da paralisação, acontece na segunda-feira (23). Conforme a coordenadora do Sinte de Joaçaba, a professora Lurdes Perch a categoria não aceita a proposta do Governo do Estado, que oferece o reajuste de 22% pago de forma fragmentada, até o final do ano letivo de 2013. Uma assembleia regional, será realizada nesta sexta-feira (20) às 17h no Sindicato dos Empregados no Comércio de Joaçaba, na Rua Frei Rogério, para definir os rumos do movimento na região. “Reuniremos professores de toda região e até aposentados, para decidir até de um possível comando de greve que começara a percorrer as escolas”, diz. “Ninguém quer entrar em greve, não fazemos porque queremos. Mas que se faça cumprir o acordo feito no ano passado com o Governo do Estado”.
Entre os assuntos que serão debatidos estão à derrubada da regência de classe e a Lei nº 170 que trata do número de alunos por sala de aula e também das atividades hora/aula. “A categoria precisa ser valorizada”, diz. “A proposta apresentada aos professores pelo governo, dá aumento de apenas R$ 60 reais para professores com pós-graduação que até o fim 2013. Professores com mestrado e doutorado não estão sendo reconhecidos”, explica. Este é o segundo ano seguido de paralisação na rede estadual, que tem 640 mil alunos. No ano passado a greve durou 51 dias. “Os professores não gostariam de iniciar uma nova greve, já estão cansados do ano passado, e ainda tiveram que repor aulas até o mês de dezembro”, conclui. A região possui 30 escolas, cerca de 12 mil alunos e 1200 professores em ativa. Mobilização Os professores rejeitaram a proposta salarial, apresentada pelo governo, na última segunda-feira. Com ela, a tabela salarial do magistério teria uma descompressão, aumentando a diferença salarial entre os níveis de formação, até dezembro de 2013. A primeira parcela de reajuste seria repassada em agosto deste ano. Os docentes não concordam, porque pedem que o reajuste de 22% dado ao piso nacional do magistério, em fevereiro, seja repassado a todos os professores, neste ano, e sem parcelamento, como foi sugerido. Eles alegam que não podem aguardar até 2013, porque no próximo ano haverá um novo aumento do piso. Contraponto O secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, reafirmou, nesta quarta-feira (18), que o aluno é quem vai amargar o prejuízo, caso o magistério catarinense paralise as atividades, a partir da próxima segunda-feira (23). Deschamps disse que os professores que não ministrarem aulas terão o ponto cortado. “É legítimo porque eles não estão desempenhando a sua função”, e lamentou a decisão do magistério catarinense que deliberou pela paralisação da categoria.
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