Projeto de construção de 100 casas populares em HO terá ampliação de contrapartida
Projeto de construção de 100 casas populares em HO terá ampliação de contrapartida

Na última semana o líder da bancada do Partido Progressista (PP) na Câmara de Vereadores de Herval d’ Oeste, Júnior Arenhart, além de apresentar requerimento solicitando a presença do secretário de habitação Ernesto Rambo no próximo bloco de reuniões para explicar os motivos pelos quais as 100 unidades habitacionais no bairro São Jorge ainda não foram iniciadas, criticou a administração por estar comemorando a prorrogação do contrato junto ao Governo Federal. O prefeito Nelson Guindani rebateu os comentários, dizendo que vem se empenhando para que alguma empresa se habilite na licitação, já que por duas vezes não houve nenhum credenciamento. “Antes de tudo, um vereador quando vai participar de curso em Florianópolis, deve ir para participar e buscar informações, e não para comer lanche”, dispara.
“O vereador falou na última semana que Joaçaba e Catanduvas já possuem as casas populares concluídas. O que não é verdade, tanto que Joaçaba também teve a evasão de empresas, por duas vezes e vem trabalhando de forma integrada com Herval d’ Oeste para solucionar este problema, que não foi exclusivamente registrado em nosso município”, explica o prefeito. “Nestes municípios, como em Herval, a licitação foi deserta e nenhuma empresa se interessou pela obra por causa do valor, segundo empresários do setor, ser baixo”, salienta Guindani. “Em Catanduvas, por exemplo, uma empresa até chegou a iniciar a obra, mas também abandonou”. “Isto que o vereador está fazendo é politicagem partidária, para denegrir a imagem de outros. Estas 100 famílias já possuem contrato assinado, e também aguardam a obra, que como em outros municípios precisou ter o de prazo de prorrogação ampliado”, enfatiza o prefeito. “Estamos aguardando para que de forma legal e após a autorização do governo federal, possamos implementar mais valores”. Conforme Guindani as empresas chegam a pedir R$15 mil por unidade. Ajustamos o projeto para fazer dentro daquilo que o Ministério das Cidades irá nos autorizar, um implemento no valor de até R$ 1,5 mil. Mas ainda não recebemos a resposta”. Prorrogação de prazo O município conquistou a prorrogação de prazo para a construção das 100 casas no bairro São Jorge em Herval d’ Oeste, no mês passado. Sendo prorrogado por mais um ano, até o mês de março de 2013. Segundo o prefeito as obras de construção das 100 casas tem previsão de entrega no mês de março de 2013. Segundo Guindani a alternativa para que as moradias saiam do papel, é a ampliação do valor do projeto, com recursos próprios ou através do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS). “O dinheiro para o início da construção das casas, está garantido e na conta da prefeitura. Mas a questão esbarra no valor de cada unidade, que segundo as empresas é baixo”, explica o prefeito. No projeto atual, o valor individual na mão de obra das casas é de cerca de R$ 7,5 mil com a contrapartida da prefeitura de R$ 300 mil no montante final. A expectativa é que o valor individual chegue próximo aos R$ 10 mil. “O processo de licitação nesse projeto é diferente, o que também contribui para que as empresas não se interessem pela obra. Já que mão de obra e materiais de construção são licitados separadamente”, destaca o prefeito. “Estamos promovendo a alteração do valor para que as empresas da região se interessem na obra”, diz. Pelo projeto antigo, seriam investidos mais de R$ 740 mil na contratação de mão de obra, juntamente com o projeto social. E outros R$ 800 mil de investimentos do FGTS, pelo Governo Federal, que totalizam 75% do valor do projeto. Além de R$ 522 mil, como contrapartida do município, na compra de materiais de construção, e mais R$ 119 mil aplicados em projetos. Os investimentos hoje totalizariam R$ 2 milhões e 181 mil, e agora passarão por alteração. Todas as 100 famílias já foram selecionadas há mais de um ano. Os critérios utilizados foram por pessoas com moradias em locais de risco, pessoas com baixa renda, áreas de preservação permanente e outras indicadas pela promotoria pública. O projeto de construção das casas no bairro São Jorge surgiu no ano de 2010. Segundo a prefeitura, o projeto ajudaria a cobrir o déficit de moradia em Herval d’Oeste, que é considerado elevado. Hoje, são registradas cerca de mil famílias sem casas próprias ou em áreas de risco. As casas O projeto inicia com a construção de 20 casas de passagens. Local onde as famílias ocuparão, quando forem retiradas de suas casas, até que casas novas sejam construídas. Assim sucessivamente até terminar a construção das 100 casas. Todas as casas seguirão o mesmo padrão, construídas de alvenaria com 37,20 m² cada, contendo dois quartos, sala e cozinha conjugada, e banheiro. As casas serão construídas em áreas pulverizadas, ou seja, em locais espalhados pelos bairros hervalenses nas ruas: 1º de Janeiro, Daniel Guiggi, Euclides Tortatto, Walter Hoppen, além de uma outra área contendo 7 mil metros quadrados, que será adquirida pelo município no próprio bairro. Próximo a outro terreno, onde abrigará algumas casas, na Rua 6 de Agosto, que possui 5 mil metros quadrados. Cada mutuário deverá pagar parcelas de R$ 28,00 em 72 vezes, totalizando R$ 2.016 mil.
Nos siga no
Google News