Reconstituição foi crucial para apurar a verdade no caso Mariane
Reconstituição foi crucial para apurar a verdade no caso Mariane
A Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) agiram rápido para reconstituir o assassinato de Mariane Telles, a atitude foi crucial para esclarecer definitivamente como os fatos aconteceram realmente. A versão dada por Vagner do Nascimento na sexta-feira, 15, dia em que foi preso, em nada se comparava a verdade. Em seu primeiro depoimento ele relatou que mantinha um caso amoroso com Mariane e que ela havia feito pressão para que ele revelasse tudo. Pressionado teria matado a jovem no interior de Jaborá, local onde o corpo foi encontrado. Segundo ele, os dois teriam ido de carro até a localidade, com ela ainda viva, e depois de uma discussão o crime teria sido cometido.
A verdade veio a tona depois que Vagner entrou em contradição durante a reconstituição, que aconteceu no sábado durante todo o dia e em boa parte do domingo.
“A reconstituição, com a presença do Vagner, a gente começou desde o Senai tentando fazer o passo a passo do dia do crime, todas as atitudes que ele teve. No começo da reprodução notamos que o quesito tempo já não fechava com o que ele estava falando. Ele teve que se deslocar até em casa, buscar o carro pra ir na mata onde tinha deixado o corpo, uma informação que até então não tínhamos, e aí conforme íamos perguntando reconstituíamos a cena do crime e os eventos não fechavam, nem o tempo e tão pouco a dinâmica dos fatos”. Revelou o coordenador regional do IGP, perito Leandro Paniago.
Em Jaborá, no local onde o corpo foi encontrado, Vagner novamente caiu em contradições. “As posições que ele descrevia do corpo não fechavam com a dinâmica do evento. Conforme foi falando essas contradições resolveu esclarecer o fato realmente como foi, inclusive indicando onde enterrou os pertences dela, que foi no pé de uma árvore, cavou com a própria mão e enterrou ali e de posse destes pertences a dinâmica do evento começou a fechar”.
O laudo cadavérico já foi entregue a polícia e anexado ao inquérito. Paniago revela que por hora não são muitas as revelações.
“O que a gente constatou da ossada foi simplesmente a questão da arcada dentária, pela qual constatamos que se tratava do corpo de Mariane Telles. Demais perícias que nós realizamos não foi possível apurar algo devido ao adiantado estado de decomposição do corpo, não conseguimos extrair outros elementos. Mas a história que temos agora, depois da reprodução simulada, coincide com o que a gente já desconfiava que ela foi morta por sufocamento”.
Assista a entrevista do perito Leandro Paniago:
O coordenador regional do IGP, Leandro Paniago, falou sobre a reconstituição do crime e o passo a passo de como Vagner matou Mariane. Acompanhe:
Posted by Éder Luiz on Domingo, 17 de maio de 2015
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