Resgate Histórico
O 26° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Herval d’Oeste exerce um dos principais papéis das instituições sociais.

O 26° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Herval d’Oeste exerce um dos principais papéis das instituições sociais. Ele garante a segurança e tranquilidade da comunidade dos municípios da região.
Diariamente, a instituição registra dezenas de ocorrências. Hoje, muitos dos fatos são relatados pela imprensa. Porém, antes, os acontecimentos tornavam-se história perdida nos ficheiros da polícia. Com o objetivo de resgatar e perpetuar a história do batalhão, o 3° Sargento da Polícia Militar, Adão Jair Florêncio, está efetuando um grandioso apanhado histórico da corporação, que se transformará em livro. Segundo ele, a ideia de começar a reunir o material começou por ter afinidade com a literatura e história. Desde 1993, o sargento começou a coletar todos os Boletins de Ocorrência (BOs) internos da história do batalhão. O sargento também resgata fotos antigas. Uma delas é do primeiro prédio do batalhão, com data de 1921 – quando surgiu a 1ª Companhia Isolada. “Nos anos de 1930 e 1940, os BOs eram manuscritos. Há mais de 10 anos eu estou buscando qualquer evidência da história da polícia para acrescentar no livro. O material pode ser da própria polícia ou da comunidade”, afirma o sargento Florêncio. Mas escrever um livro sobre a história do 26° Batalhão apenas através dos BOs é um grande desafio. Nos escritos da polícia, tudo é muito sintetizado e objetivo. As histórias das ocorrências não possuem muitos detalhes. De acordo com o sargento, o que ajuda a ilustrar a história, são os depoimentos de militares que trabalharam na corporação há mais de 40 anos. Porém, a memória dos ex-combatentes não se lembra dos momentos vivenciados de forma tão linear devido à idade avançada. “Onde quer que eu saiba que tenha um policial aposentado há mais de 20 anos, eu vou lá, converso com ele e tento extrair alguma coisa para enriquecer o nosso livro”, ressalta Florêncio. Parcerias Para a criação de um livro é necessário seguir uma série de normas e padrões. Para colaborar nessa parte, Florêncio recorreu à ajuda do escritor Sérgio Martins. A parceria surgiu, pois o sargento já havia colaborado com o escritor em outras publicações como “Meu Herval, Herval d’Oeste”. Há cinco anos, os dois trocam informações. O escritor estuda a história do município há 11 anos. “A parceria surgiu da habilidade dele de reunir materiais históricos por estar dentro da polícia e por eu estar ligado a funções de historiador”, conta Martins. Conforme Martins, escritor que irá organizar as ideias do livro, basicamente, o registro será feito desde a constituição da 1ª Companhia Isolada até a década de 90. No momento, uma grande quantidade de materiais já foi mapeada para ser inclusa no livro. Já houve uma sequência de ideias traçadas e a obra está na fase de montagem de capítulos. Conforme os organizadores, a ideia inicial é que o livro tenha de seis a oito capítulos, divididos em 256 páginas. Mas, conforme a pesquisa é feita, novas informações relevantes surgem. O arquivo fotográfico conta com mais de 500 imagens e milhares de recortes históricos. A linguagem também será a mais próxima da realidade da época contada. Serão utilizadas muitas imagens de documentos e a forma de escrita da época será preservada. “Queremos trazer a história para aqueles filhos de policiais, netos e combatentes que não estão mais na ativa, que eles possam lembrar do tempo em que estavam dentro da corporação”, disse Martins. Finalização O objetivo final é que o livro tenha uma tiragem de dois mil exemplares. A veiculação poderá ocorrer já no final de 2012. Porém, os organizadores afirmam não terem pressa para o término do trabalho. Segundo eles, se for necessário, o livro circulará apenas em 2013. Outro ponto de destaque que os autores elencam é que o livro não contará apenas a história da polícia hervalense, mas será o pontapé inicial para que a sociedade não deixe a história do segmento catarinense morrer. O espírito é estimular a sociedade para que ela contribua com materiais para que trabalhos mais complexos sejam desenvolvidos. O editor do livro, Claudemir de Oliveira, disse que a capa da publicação ainda não foi definida. Essa etapa só poderá ser feita após a conclusão e revisão dos textos. Toda a formatação do texto depende disso. Mas ele adianta que tudo será pautado de acordo com as cores da Polícia Militar. O nome do livro também ainda não foi revelado.
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