Santa Catarina discute ações contra a febre aftosa com o Ministério da Agricultura
Santa Catarina discute ações contra a febre aftosa com o Ministério da Agricultura

Na sexta-feira (6), o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca em exercício, Airton Spies, participou de reunião convocada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, para definir e anunciar medidas que evitem a introdução do vírus da febre aftosa no Estado. Um novo foco da doença foi notificado pelo Paraguai no dia 2 de janeiro. O vírus foi identificado em bovinos numa propriedade na localidade de Aguaray Amistad, no departamento San Pedro, a cerca de 30 quilômetros do foco notificado em setembro de 2011.
O encontro ocorreu na sede do Governo em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e contou com a participação dos secretários de Agricultura do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) e os respectivos superintendentes estaduais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e presidentes das agências sanitárias. Dentre as medidas de prevenção ficou acertado com o Ministério da Agricultura e agências de defesa Sanitária uma ação integrada entre os estados do Codesul e a garantia de recursos para ações emergenciais de fiscalização e controle de trânsito de animais e produtos derivados. O Ministério vai monitorar diariamente a situação por meio de uma sala de inteligência e videoconferências, interligando os responsáveis técnicos das agências de defesa sanitária do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. O ministro Mendes Ribeiro informou que o Ministério da Agricultura colocará um adido agrícola para atuar na embaixada brasileira em Assunção, no Paraguai. Para o Secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, o sucesso dessa ação integrada de defesa sanitária depende também do engajamento dos produtores rurais, agroindústrias e população em geral. O apoio militar foi pedido por conta da descoberta do foco no país vizinho. A partir desta segunda-feira, equipes do Exército estarão nas fronteiras para dar apoio na fiscalização das barreiras sanitárias com postos fixos na localidade de Idamar, em Dionísio Cerqueira, e em Abelardo Luz, além de unidades móveis que atuarão entre esses postos na fronteira até Itapiranga. Durante o encontro, o presidente da Companhia Integradade Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Enori Barbieri, destacou a importância do trabalho com as Polícia Federal, Militar, Civil, Rodoviária e do Exército para proteção das fronteiras catarinenses. “A Cidasc está preparada para cumprir sua função nesse momento que exige vigilância redobrada.Toda a nossa estrutura está priorizando as medidas preventivas de proteção ao nosso território. Nossa zona de atenção máxima está nas fronteiras”, disse o presidente. O último foco de febre aftosa no Brasil foi registrado no final de 2005, e teve início no Mato Grosso do Sul e se estendeu até o Paraná. Isso acarretou grandes prejuízos para Santa Catarina, em função das restrições impostas pelos países importadores de carne suína. Em 2007, Santa Catarina obteve a certificação internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como Estado livre de febre aftosa sem vacinação. O Estado é o único do Brasil a conquistar este status. “O Estado está tomando todas as medidas preventivas para manter o reconhecimento da OIE”, assegura o secretário da Agricultura e da Pesca em exercício, Airton Spies. Entenda a doençaA febre aftosa é uma doença viral que atinge bovinos, suínos, ovinos, caprinos e bubalinos, e se caracteriza por febre alta, salivação acentuada e formação de vesículas (aftas) na língua, na boca e nos cascos. Não tem tratamento curativo, mas pode ser prevenida por meio da vacinação. A aftosa causa prejuízos não somente pela mortalidade, mas também pela perda de peso dos animais e pelo aborto nas fêmeas prenhas. O vírus pode ser transmitido pelo contado direto entre os animais e indireto por meio de superfícies contaminadas pelo vírus. Não há risco de contaminação humana.
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