Simae é destaque nacional

Uma pesquisa desenvolvida no Serviço Intermunicipal de Água e Esgoto de Joaçaba, Herval d’Oeste e Luzerna recebeu destaque na 16ª Exposição de Experiências Municipais em Saneamento, evento que integrou a programação da 42ª Assembleia da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), na semana passada em Maringá (PR). Ela foi escolhida como uma das três melhores, entre 80 trabalhos apresentados.

O estudo foi desenvolvido como trabalho de conclusão da especialização em Gestão Integrada em Saneamento Básico, na Unoesc Campus de Joaçaba, e quantificou as infiltrações de água constantes e decorrentes da chuva na rede coletora de esgoto de Joaçaba e Herval d’Oeste. O autor da pesquisa é Paulo César Lamin, químico e gerente do Setor de Tratamento de Água e Esgoto do Serviço Intermunicipal de Água e Esgoto (Simae) de Joaçaba, Herval d’Oeste e Luzerna. Segundo ele, as infiltrações quantificadas na rede apresentaram-se em níveis moderados, considerados dentro da faixa estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para dimensionamento de redes e interceptores de esgoto. – Ainda foi obtida uma equação linear para as infiltrações devido à precipitação, o que permite estimar as infiltrações a partir de qualquer evento de precipitação pluviométrica – acrescenta o químico. – Através dessa pesquisa, podemos ter a exata noção das infiltrações e quanto elas interferem no processo de tratamento do esgoto – acrescenta a diretora do Simae, Elisabeth Sartori. O trabalho foi orientado pelo professor Dr. Pablo Heleno Sezerino. Mais dois trabalhos foram apresentados Outras duas pesquisas desenvolvidas durante o curso de especialização da Unoesc por profissionais do Simae foram apresentadas na Exposição da Assemae. Em uma delas, André Francisco Fiorin, tecnólogo em Gestão Pública que atua como gerente do setor de Perdas, Cadastro e Infraestrutura (SPCI) da autarquia, fez um estudo sobre a vida útil dos hidrômetros, constatando que ela não deve ser definida apenas pelo tempo de uso, mas também pelo volume de água que passa pelo medidor. O estudo revelou que o equipamento começa a apresentar desvio na medição a partir dos 1,5 mil metros cúbicos, ou seja, 1,5 milhão de litros de água, registrando volume de água inferior ao que realmente foi consumido. Esse trabalho teve a orientação do professor Dr. Dirceu Scaratti, que é o coordenador do curso de pós-graduação. Na terceira pesquisa, Janete Farenzena, tecnóloga em Saneamento Ambiental, pedagoga e auxiliar técnica do Simae, avaliou os resultados do Programa de Controle de Perdas e Uso Eficiente da Água, desenvolvido desde 1998. Conforme a diretora do Simae, quando o programa foi implantado, aproximadamente 54% do volume de água que era retirado do Rio do Peixe não chegava às casas dos consumidores ou chegava sem que fosse medido. A pesquisa avaliou dados registrados até 2010 e constatou que nesse período as perdas caíram para aproximadamente 32%, o que indica uma economia de R$ 1,2 milhão por ano. Este trabalho também foi orientado pelo professor Dirceu e por Aluir Flemming. Importância Elisabeth diz que os resultados das pesquisas são utilizados no dia a dia do Simae, já que dizem respeito a questões pontuais do trabalho da autarquia. Ela também lembra que a apresentação dos resultados na Assemae foi importante para que outros municípios conhecessem e utilizem essas informações para melhorias nos seus serviços de saneamento. – A apresentação destes trabalhos demonstra que o curso desenvolvido pela Unoesc está alinhado às demandas da região e foram de alto nível, haja vista serem pesquisas aplicadas às necessidades locais e com apelo nacional, pois um deles foi premiado entre 80 trabalhos aceitos e apresentados no evento – acrescenta o professor Dirceu Scaratti. Fotografia Na imagem do fotógrafo Luciano Calligaris Júnior (que fez o registro fotográfico da assembleia da Assemae), Paulo (segundo da esquerda para direita) está recebendo o prêmio conferido à sua pesquisa, por ter sido considerada uma das três melhores da Exposição.