Será muito sútil, virtualmente imperceptível a olho nu. Mas quem prestar bastante atenção e recorrer a alguns estratagemas poderá perceber que a Lua cheia parecerá maior e mais brilhante na noite deste sábado.
Esse efeito ocorre devido à trajetória do satélite e a uma coincidência astronômica que se repete pelo menos uma vez por ano. Em sua órbita em torno da Terra, a Lua descreve uma elipse achatada, que, a cada duas semanas, a leva a se aproximar e a se afastar cerca de 50 mil quilômetros entre o ponto mais próximo (o perigeu) e o mais afastado (o apogeu). Quando o ponto de maior aproximação — que acontecerá às 23h35min de sábado — coincide com o período de mudança de fase da Lua para cheia — que se dará à 0h33min de domingo — ocorre o que os astrônomos chamam de "Super Lua". Normalmente, na Lua cheia, o satélite já aparenta ser, em média, 14% maior e 30% mais brilhante do que em outras fases. A Super Lua será ainda mais interessante porque o perigeu deste ano será de exatos 356.955 quilômetros, a menor distância desde 8 de março de 1993, quando foi de 356.528 quilômetros. Com isso, ela deverá parecer 8% maior do que uma Lua cheia normal, embora apenas 0,18% mais brilhante, uma diferença imperceptível a olho nu, explica o astrônomo Alan MacRobert, articulista da revista Sky & Telescope. Até por isso, a melhor oportunidade de perceber que a Lua está maior não será no perigeu, quando ela estará praticamente no meio do céu (o zênite), mas no final da tarde, quando ela estiver nascendo. Próxima do horizonte, prédios, árvores e morros costumam servir para referência e facilitar a comparação da real dimensão dessa Super Lua.
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