Tumulto em Abdon
A madrugada foi de tumulto no município de Abdon Batista, no Planalto catarinense.

A madrugada foi de tumulto no município de Abdon Batista, no Planalto catarinense. Por volta das 4h um incêndio, que teria sido provocado de forma criminosa, consumiu dois alojamentos e a lavanderia do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Garibaldi.
O fogo começou no pavilhão da lavanderia. O Corpo de Bombeiros do município foi acionado. Enquanto os bombeiros apagavam o incêndio, um grupo de funcionários ateou fogo em dois alojamentos. A assessoria de imprensa da Rio Canoas Energia informou que os bombeiros trabalharam até as 8h30min para apagar o fogo. Ao todo, segundo a assessoria, são seis pavilhões utilizados como alojamentos, divididos em blocos de 12 dormitórios. Cada dormitório é ocupado por quatro pessoas. Os dois pavilhões queimados abrigavam cerca de 200 funcionários, mas ninguém ficou ferido. A assessoria disse ainda, não ter informações oficiais sobre o que aconteceu e o que motivou o incêndio. Segundo a polícia a situação já está controlada. Os cerca de 1300 trabalhadores que ocupavam os alojamentos foram transferidos para um ginásio de esportes do município até que a empresa responsável pela obra disponibilize outro local. A UHE Garibaldi está localizada no Rio Canoas, entre os Municípios Abdon Batista e Cerro Negro. A potência instalada mínima é de 177,9 Megawatts (MW). Ela vai custar cerca de R$ 1,2 bilhão. O pedido de licenciamento ambiental foi protocolado em março de 2009. O projeto da usina prevê a geração de 175 megawatts de energia e seu reservatório atingirá também os municípios de São José do Cerrito, Campo Belo do Sul e Vargem. O lago será dimensionado numa área de 26,79 quilômetros quadrados e o eixo da barragem terá altura de 43 metros. Estudos feitos pela empresa Desenvix, que detém a concessão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e será a responsável por levar o projeto da usina ao leilão nacional, apontou que 539 propriedades serão impactadas diretamente pelo empreendimento. A linha de transmissão da futura hidrelétrica será conectada à Subestação de Campos Novos. E de lá, entra no Sistema Elétrico Nacional. O processo de negociação e reassentamento das famílias atingidas pelo empreendimento se deu a partir da escolha do grupo investidor, a Triunfo Participações e Investimentos. Um estudo da Fatma indicou que 35% das propriedades atingidas pelo lago demandariam o remanejamento de famílias para reassentamento e que 40% dos não proprietários não seriam remanejados. O empreendimento será o de maior impacto direto ambiental, econômico, social e cultural de todas as unidades implantadas na Serra Catarinense. A nova hidrelétrica, a plena capacidade vai gerar energia suficiente para abastecer uma cidade com 300 mil habitantes.
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