
Faltando pouco mais de um mês para o primeiro dia de desfile das escolas de samba de Joaçaba e Herval d´Oeste - no espetáculo que é considerado um dos melhores do sul do país- diretoria, integrantes e simpatizantes da Unidos do Herval trabalham em vários setores para que o projeto elaborado para o desfile 2012 saia exatamente como o esperado.
Não é uma tarefa das mais fáceis. Somente quem acompanha de perto o dia a dia de um barracão ao longo de alguns anos consegue decifrar essa magia. Primeiro é preciso aprovar um enredo que não passa de uma história contada através da arte da música, dança, esculturas e fantasias. O enredo é um teatro musicado com uma pitada de alegria que é o ritmo do samba. Com o enredo definido a diretoria busca captar recursos já que hoje o desfile por aqui tomou proporções gigantescas e o carnavalesco desenvolve o tema. “Em 2012 o nosso projeto está orçado em R$ 600 mil. Menos que isso nós não conseguimos nem ao mesmo entrar na disputa”, garantiu o presidente da escola da águia, Sérgio de Giacometti. Em conjunto com o carnavalesco começa um trabalho sincronizado. Na Unidos do Herval o mestre que faz a arte acontecer é o carioca Zezzo Henzze. É ele quem define os figurinos das alas, dos destaques, das composições, da comissão de frente e dos casais de mestre sala e porta bandeira. Nesse ano a nação hervalense entra na XV de Novembro, em Joaçaba, com 15 alas e 5 carros alegóricos. Se contarmos que cada ala conta com 40 integrantes – somente em figurinos de alas para o enredo 2012 são 600 peças – incluindo cabeças e costeiros, ou seja, é preciso confeccionar a roupa e adereçar além de fazer o ferro da cabeça e do costeiro e depois forrar e também enfeitar. Um trabalho árduo que necessita de muita dedicação, cuidado e de uma equipe afiada. Nesse ano a Unidos mudou o estilo de desenvolver o carnaval. Existe a equipe da ferragem, da costura, dos adereços das roupas e outra dos adereços dos costeiros e cabeças. Cada equipe possui um responsável que são as pessoas diretamente ligadas ao carnavalesco e a diretoria da escola. Além de tudo isso, não se pode esquecer em momento algum dos carros alegóricos que necessitam de estrutura, esculturas e acabamento. A organização nesse caso é a mesma. Equipes com responsáveis diretamente ligadas ao carnavalesco e a diretoria. Mas além de tudo isso nessa reta final é preciso se preocupar com o regulamento. São itens que devem ser enviados a Liga das Escolas de Samba (LIESJHO) como material para os jurados. “É um infinidade de tópicos e não podemos esquecer nada. Desde as autorizações para as crianças até o pavilhão da escola. Nesse nosso projeto que tem como tema “Uma história. Um memorial. A Unidos canta a paz universal” contamos com o apoio de inúmeras pessoas e desde já agradecemos. Independente do resultado na avenida a Unidos mais uma vez vai mostrar crescimento. Novos carros, fantasias ricas em detalhes e luxuosas, muita cultura e uma garra só dela”, destacou Giacometti que fez questão de convidar a toda comunidade de Herval d´Oeste, Joaçaba e região para irem até a agremiação e participarem desse projeto. “Ainda temos vagas, por exemplo, na bateria, nas baianas e alas. Precisamos de apoios ainda em alguns desses setores. A escola está de portar abertas para quem quiser fazer parte desse projeto”. Essa mudança no “pré-carnaval” da escola deve surtir efeito na avenida. Com uma agremiação mais organizada parece ser mais fácil conseguir o título. A Unidos promete alterar sua estrutura também no dia do desfile. Uma organização diferente nas duas concentrações será efetivada para minimizar qualquer problema antes da saída da agremiação. Depois, na avenida, é harmonia e evolução que vão ter um apoio maior. No mais é esperar o resultado e torcer para que a Unidos consiga o tão sonhado troféu de campeã.
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