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Unoesc colabora em estudo que facilitará a identificação de mosquitos

Unoesc colabora em estudo que facilitará a identificação de mosquitos

Éder Luiz

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Uma pesquisa que começa a ser desenvolvida na Unoesc pretende descrever os ovos de mosquitos registrados em Santa Catarina para, posteriormente, facilitar a identificação das espécies. O trabalho faz parte de uma investigação que vem sendo realizada em várias regiões do País, pelo Departamento de Entomologia da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), e que em Santa Catarina já conta com a parceria do Laboratório de Entomologia Médica da UFSC.

Conforme o professor Dr. Gerson Azulim Müller, do Curso de Ciências Biológicas do Campus de Joaçaba, a parceria da Unoesc ajudará na coleta de mosquitos presentes na região Meio-oeste do Estado e na obtenção de ovos destes insetos. Depois de coletado, o material será enviado para a Fiocruz, onde é feita a descrição do ovo por meio de um microscópio eletrônico de varredura, equipamento capaz de produzir imagens de alta resolução com uma aparência tridimensional. Com a descrição dos ovos das espécies de mosquito que oferecem riscos à saúde da população, no futuro será possível criar mecanismos que possibilitem a identificação do inseto a partir do ovo, método que seria mais rápido em relação aos que são utilizados para esse fim hoje, que são a partir da larva e de mosquitos adultos. As informações também poderão ser utilizadas para o desenvolvimento de produtos como inseticidas. Embora pareça simples pelo relato nos parágrafos anteriores, a pesquisa evolui de maneira lenta e os pesquisadores ainda terão muito trabalho pela frente para conseguir descrever ao menos os ovos dos mosquitos que oferecem riscos à saúde da população. Desde que passou a participar da pesquisa, a UFSC, por exemplo, possibilitou a descrição de ovos de apenas uma espécie, a Aedes scapularis, envolvida na transmissão de vírus causadores de encefalites em humanos. Entretanto, só em Santa Catarina são registradas aproximadamente 60 espécies diferentes de mosquito das cerca de 500 existentes no Brasil. Por outro lado, o professor lembra que o estudo é realizado em rede e o trabalho que vem sendo desenvolvido em outras regiões do país já permitiu a descrição de ovos de outras espécies que também são registrados em Santa Catarina, como o Aedes aegypti (transmissor da dengue) e o Haemagogus leucocelaenus (transmissor da febre amarela). Gerson é biólogo e possui Mestrado e Doutorado em Entomologia, ciência que estuda os insetos. Ele orientará estudantes do curso de Ciências Biológicas do Campus de Joaçaba interessados nesse projeto de pesquisa e que estão iniciando o processo de treinamento para a coleta e identificação correta dos insetos.


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