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Paranaense compete na neve há pouco mais de um ano (Foto: Marcio Rodrigues/CPB/MPIX)
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Vídeo – Aline Rocha, primeira mulher do Brasil a participar de uma Paralimpíada de Inverno, fala ao Portal Éder Luiz

Assista acima a entrevista de Aline Rocha e Fernando Orso ao Live News.

Éder Luiz

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Paranaense compete na neve há pouco mais de um ano (Foto: Marcio Rodrigues/CPB/MPIX)

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Assista acima a entrevista de Aline Rocha e Fernando Orso ao Live News.

Aline Rocha já fez história, mas quer ir muito mais além. Primeira mulher brasileira a se classificar para uma Paralimpíada de Inverno, a atleta de 27 anos tem como meta ficar ao menos entre as dez primeiras do esqui cross-country sentado em PyeongChang. Não é para menos. A paranaense radicada em Santa Catarina teve uma ascensão meteórica na modalidade. Oriunda do atletismo, ela conheceu a neve um pouco depois de participar da Paralimpíada do Rio, entrando no top20 mundial com apenas um ano de disputas. Aline é uma dentre os três representantes do Brasil nos Jogos de PyeongChang 2018. O evento começa nesta sexta na Coreia do Sul. Nascida na cidade de Pinhão, no Paraná, mas criada em Campos Novos, Aline perdeu o movimento das pernas em um acidente de carro em 2006. Na época com 15 anos, a jovem teve uma fratura na coluna, o que a colocou numa cadeira de rodas para o resto da vida. Apesar do trauma, a atleta lembra-se detalhadamente do fatídico dia. - Eu voltava de carro de Xanxerê (SC) com a minha mãe e com o meu irmão. Ele estava dirigindo, eu no banco de trás e a minha mãe no carona. O acidente foi entre Vargem Bonita e Catanduvas. Meu irmão foi fazer uma ultrapassagem e veio um carro no sentido contrário. Meu irmão puxou para o acostamento, e o outro carro fez o mesmo. Aí houve a colisão dos dois. Eu estava com cinto de segurança abdominal e tinha muita bagagem atrás. O banco quebrou, daí eu fraturei a minha terceira vértebra lombar - contou. Aline descobriu o esporte após virar cadeirante. Mais precisamente em 2010, quatro anos depois do acidente. Sua iniciação no mundo paralímpico foi em uma associação esportiva em Joaçaba. Foi lá que quando conheceu Fernando Orso, seu técnico e marido. - Desde a minha infância eu sempre detestei esporte. Fugia das aulas de educação física na escola. Menos de dois meses depois de conhecer o Fernando, já estava competindo no atletismo. Na minha primeira competição, consegui três medalhas de bronze. Ali eu vi que poderia ser uma pessoa de sucesso mesmo com a deficiência. Em 2014, investi num equipamento profissional de competição e me mudei para São Caetano do Sul (SP) para tentar realizar o meu sonho que era participar dos Jogos Paralímpicos do Rio. E felizmente consegui - destacou.   Aline realizou a sua preparação final para os Jogos de PyeongChang em Livigno, na Itália. No local, ela conviveu com temperaturas na casa dos 20º negativos numa altitude de 1.800m. No período, ela também disputou etapas da Copa do Mundo de esqui na Alemanha e na Finlândia. Após a Paralimpíada de Inverno, Aline já "vira a chave", visando os Jogos de Tóquio 2020. - Como agora sou uma atleta paralímpica de verão e inverno, os meus ciclos duram dois anos. Estou gostando disso, é bem desafiante e espero corresponder da melhor forma possível - finalizou a esquiadora, que compete esqui cross-country sentado feminino 12km, neste sábado, a partir das 23h15 (de Brasília). Com informações do Globo Esporte


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