Vinho caro é mesmo o melhor?
Por Rodrigo Leitão Degustação às cegas é ótima! Acaba com qualquer polêmica e todo tipo de “jabá”.

Por Rodrigo Leitão
Degustação às cegas é ótima! Acaba com qualquer polêmica e todo tipo de “jabá”. A mais recente delas que deu o que falar foi em Edimburgo, na Escócia. Pesquisadores britânicos reuniram quase 600 pessoas para provar vinhos e chegaram à conclusão que os mais baratos podem ter o mesmo efeito em termos de paladar que os de garrafas mais caras.
Britânicos que estudam o mercado de vinho e comportamento de consumidores reuniram 578 pessoas em uma degustação às cegas durante o Festival de Ciência de Edimburgo. Segundo o estudo, só a metade do grupo conseguiu identificar quais eram os vinhos caros e quais eram os mais baratos.
Foram provados vinhos diversos, com preços entre 5 libras (R$ 13) e 30 libras (R$ 78). Na degustação, também havia garrafas de champagne de 17 libras (R$ 44) e de 30 libras (R$ 78). Os provadores eram obrigados a dizer quais eram os vinhos baratos e quais os caros. Mesmo sem ver o que bebiam, 50% acertaram. A conclusão, para os pesquisadores da Universidade de Hertfordshire, é que muita gente não consegue distinguir os vinhos pelo paladar e pode estar pagando mais caro apenas pelo rótulo.
“Estes resultados são impressionantes. As pessoas não conseguiram notar a diferença entre vinhos caros e baratos, então a mensagem é clara: os vinhos baratos que testamos tinham um gosto tão bom quanto o das garrafas caras”, disse o psicólogo Richard Wiseman, que conduziu o estudo. Um exemplo de vinho de R$ 78 é esse aí da foto, Firriato Chiaramonte IGT 2008, vendido pela Expand. É um varietal italiano feito com a uva Nero Davola, com 14,5% de teor alcoólico e indicado para acompanhar massas à bolonhesa, cordeiro assado, gulasch e queijos de meia estação.
Rodrigo Leitão, especialista em enogastronomia.
O colunista dedica-se há três décadas ao jornalismo e já passou por redações como O Globo, Jornal de Brasília, TV Brasília, TV Band e Rádio Band News FM, em Brasília onde atua no segmento de comunicação e eventos. Rodrigo Leitão organiza anualmente o Brinda Brasil – Salão do Espumante de Brasília, o maior encontro nacional exclusivamente com produtores de espumantes. Ele já atuou nas áreas de Economia, Política, Internacional, Cultura e Saúde, onde conquistou vários prêmios.
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