Viúva confessa que matou o marido em Videira
A Polícia Civil da Comarca de Videira desvendou o mistério envolvendo um veículo incendiado com um corpo dentro na quarta feira, 13.

A Polícia Civil da Comarca de Videira desvendou o mistério envolvendo um veículo incendiado com um corpo dentro na quarta feira, 13. O fato passou a ser tratado como possível crime passional pelo Delegado Fabiano da Rocha após a viúva da vitima registrar o desaparecimento do marido um dia após o acontecido. Na ocorrência ela informou que o companheiro estava sumido desde a noite de terça feira quando saiu de casa e não retornou mais.
Após ser comunicado sobre um Monza queimado com um corpo dentro na Linha Santa Bárbara, interior de Videira, o Delegado consultou o sistema da polícia e constatou que o automóvel estava no nome do pai do desaparecido. Ainda aguardando o laudo para comprovar que se trata realmente de Valdair dos Santos, de 35 anos, a equipe comandada por Rocha iniciou as diligencias buscando informações que pudessem levar a elucidação do caso. A primeira pista partiu de testemunhas que afirmaram ver o fogo iniciar pelo lado de fora do automóvel, descartando a possibilidade de algum problema elétrico. A segunda pista veio após analisar a posição em que o corpo se encontrava. Segundo as investigações a vitima estava deitada no banco reclinado e com as mãos entrelaçadas sugerindo a hipótese de não ter lutado contra o fogo por estar morto antes das chamas atingirem o interior do Monza. Após juntar depoimentos de familiares e parentes de Valdair, o delegado passou então a averiguar os sistemas de monitoramento dos postos de combustíveis da cidade em busca de alguma imagem que mostrasse o veículo antes de ser incendiado. Ao verificar o sistema do Posto Colina, o delegado se deparou com a cena da viúva de Valdair, Josiane Torquatto, comprando gasolina armazenada em uma garrafa de plástico. A mulher de 27 anos passou a ser monitorada e depois de alguns depoimentos confessou o crime afirmando ter ateado fogo no automóvel com medo de que o companheiro a agredisse naquela noite, já que ele havia ameaçado de morte. Segundo os dados fornecidos pela polícia Josiane sofria com constantes agressões do marido, e este crime poderia ter sido motivado justamente por vingança pelas agressões que o mesmo cometia. Na noite do possível homicídio ela confessou ter usado medicamentos de uso controlado para dopar o marido e fazer com que ele permanecesse inconsciente até o trajeto onde ocorreu o incêndio. O corpo ainda não foi liberado pelo IML em razão de aguardar o exame de DNA para comprovação absoluta de que se trata de Valdair dos Santos. Atualmente, Josiane Torchatto está internada numa clínica para tratamento. Ela está colaborando com as investigações.
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